Editora Pascal

O problema da coisa na Fenomenologia (1900-1927)

ISBN: 978-65-6068-096-8
DOI: 10.29327/5429549

AUTOR:

Pedro Barbosa Araújo

RESUMO:

Dentre as três principais correntes do pensamento espraiadas pelo pesadume do século XX, distinguidas por José Ferrater Mora, em “La Filosofia Actual”, a fenomenologia é, a um tempo só, a mais influente e a que, perfurando as expressões sonoras, mas ocas, faz com que o homem aprenda, única dentre as três, pela pedagogia hierárquica das coisas. Se a fenomenologia é a filosofia mesma, tese a provar-se na leitura desta obra, e se a filosofia não é outra coisa que não a pedagogia, a fenomenologia é, ela própria, um sistema pedagógico. Em relação ao primeiro ponto, escusado seria referi-la, pela densidade e amplitude dessa corrente, declinando os nomes de seus representantes principais; citem-se, não obstante, Jean-Luc Marion, Edith Stein, Xavier Zubiri e Viktor Frankl. Em defesa do segundo ponto, relembre-se que seria um sinal de maturidade, o “ripeness is all” shakesperiano, de acordo com J. H. Newman, o matutar, o mastigar, o pensar só com as coisas, nelas mesmas. Assim, enfeixando o período de seu florescimento máximo, que finda nos semestres últimos da década de 1920, isto é, pela publicação de Sein und Zeit de Martin Heidegger, o representante legítimo, para além de quem o criou, do que se passou a designar de “movimento fenomenológico”, tal como o reconheceu o seu fundador, Edmund Husserl, este livro tem a finalidade de introdução aos meios sem os quais uma análise fenomenológica qualquer não se pode realizar. Descritivamente analítico, ele, se o é, por semelhança, em excesso, tem, em realidade, a qualidade da analiticidade em bem da intenção de estabelecimento de uma ciência estrita (strenge Wissenchaft), que é o cuidado magisterial que todo professor bom tem para com os seus alunos.

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