RESUMO:
A região semiárida do nordeste do Brasil tem uma grande carência de água e uma grande incidência de altas temperaturas, o que exige dos habitantes da região a adaptação às adversidades climáticas. A sobrevivência dos habitantes do semiárido às condições climáticas é um tema crucial para o progresso da região, sobretudo em relação aos seus efeitos na saúde, segurança alimentar, economia e ecossistema local. O presente artigo tem como objetivo analisar as principais estratégias de sobrevivência utilizadas pelos habitantes do semiárido, identificando os desafios e as oportunidades existentes em relação às mudanças do clima. Foram realizadas revisões de literatura sobre estudos de caso de adaptação climática dos habitantes. Os resultados demonstram que a adaptação dos moradores do semiárido é fundamentada em práticas tradicionais, como a agricultura de subsistência, o uso de fontes de água alternativa, a conservação do solo, e a criação de espécies adaptadas ao clima local. Além disso, a adoção de tecnologias inovadoras, como o uso de fontes de energia renovável e a captura de água da chuva, tem sido usada como estratégia para a adaptação climática. Contudo, existem diversos obstáculos para a adaptação, tais como a falta de infraestrutura e de recursos financeiros, a falta de informações e acesso as tecnologias, além de conflitos ambientais. Dessa forma, é possível concluir que a adaptação dos habitantes do semiárido é fundamental para a sobrevivência da região e deve ser incentivada por política públicas integradas, envolvendo ações em diversos setores e a participação comunitária.

Palavras-chave: Clima semiárido; sobrevivência; desafios.