RACISMO AMBIENTAL E AS BARREIRAS EDUCACIONAIS EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS RURAIS
ENVIRONMENTAL RACISM AND EDUCATIONAL BARRIERS IN RURAL QUILOMBOLA COMMUNITIES
CAPÍTULO 7
DOI: 10.29327/5407553.1-7
AUTORES:
Camila Fernandes Batista Gama
Ronald da Silva de Jesus
Veronica Duarte da Silva
Túlio da Silva Xavier
Augusto Hipolito Chagas Freato
Suzane Katy Rocha Oliveira
Tatiana Maria Barreto de Freitas
Eduardo Henrique Costa Rodrigues
Maria Raimunda Chagas Silva
Ana Patrícia Fonseca Coelho Galvão
RESUMO:
O racismo ambiental é um fenômeno complexo caracterizado pela distribuição desigual de impactos ambientais e educacionais negativos em comunidades racialmente marginalizadas e exposição a riscos. Este estudo tem como objetivo explorar as conexões entre o racismo ambiental e o acesso à educação no ambiente rural, com foco nas comunidades quilombolas rurais de Guimarães, Maranhão. Trata-se de uma pesquisa de campo e revisão de literatura concisa, explorando fontes relevantes, dados secundários e estudos anteriores para identificar os conceitos-chave necessários. A pesquisa visa compreender as implicações dessa interação. A agricultura familiar é um pilar na produção agrícola do Brasil, com mais de 40% da produção e envolve mais de um terço da força de trabalho do setor. Na comunidade investigada, a principal fonte de subsistência é a agricultura familiar, centrada na cultura da mandioca. Os agricultores possuem uma conscientização relativamente alta sobre a proteção do meio ambiente e a gestão sustentável dos recursos naturais. O processo educacional nas comunidades quilombolas estudados enfrenta uma série de obstáculos significativos. Apesar de as famílias disporem de renda proveniente da agricultura e de programas governamentais assistenciais, a média de quatro moradores por residência exacerba as dificuldades. Entre os desafios identificados pelos residentes, destaca-se o fechamento de escolas municipais e estaduais devido a problemas estruturais e à falta de professores. A análise revela que a implementação de obras públicas sem gestão ambiental adequada e a influência de motivações políticas comprometem a sustentabilidade dessas comunidades, resultando em riscos significativos à saúde pública e à integridade ecológica.
Palavras-chave: Educação, Quilombola, Racismo Ambiental.