RESUMO:

O consumo de drogas lícitas e ilícitas, em especial o álcool e tabaco tem se intensificado em mulheres de idade fértil no Brasil, o que gera riscos à saúde materno-infantil, umas vezes que grande parte das composições encontradas no álcool e tabaco atravessam a barreira placentária e hematoencefálica processo anterior de metabolização. Inúmeras consequências ocorrem com os recém-nascidos expostos a diferentes toxinas durante a gravidez, sendo as principais delas o baixo peso ao nascer e a prematuridade. O presente estudo objetivou determinar os fatores de risco e agravos pelo uso de álcool e tabaco durante a gestação. Trata-se de um desenho analítico transversal, no qual foram incluídas 20 pacientes visando a investigação do uso de álcool e tabaco na gestação, a coleta dos dados foi realizado nos municípios de São José de Ribamar e São Luís. Verificou-se que a idade variou de 20 a 38 anos e a maioria estava desempregada naquele momento. Todas consumiram álcool e/ou drogas durante a gestação. Na análise, verificou-se que das 20 voluntárias 75% fizeram o uso de álcool em algum momento da gestação, e 55% fizeram o uso de tabaco. Como consequência, metade dos bebês (50%) foram prematuros e 70% tiveram baixo peso ao nascer. Além disso, 60% apresentaram algum tipo de malformação congênita e 80% tiveram atrasos no desenvolvimento. Os achados sugerem que o consumo de drogas lícitas e ilícitas, sobretudo álcool e tabaco, apresenta-se em crescente em mulheres em idade fértil no Brasil, além de evidenciar o potencial risco para o uso dessas drogas de forma intrinsecamente relacionado a fatores sociodemográficos.

Palavras-chave: Gestação, consumo de álcool, consumo de tabaco, feto, uso de substâncias.