RESUMO:

O câncer pancreático afeta no Brasil 2% de todos os tipos de neoplasia diagnosticados. Maioria absoluta origina-se dos ductos que transportam o suco pancreático, que são os adenocarcinomas, cerca de 90%. Os principais fatores de risco são: idade entre 60 e 80 anos, gênero masculino, raça negra, tabagismo e exposição ocupacional a carcinógenos. Pelo fato de ser de difícil detecção, o câncer de pâncreas apresenta alta taxa de mortalidade, por conta do diagnóstico tardio e de seu comportamento agressivo. Relato de Caso: Paciente do gênero masculino, 59 anos, com história de icterícia associada a inapetência, prurido e perda ponderal de 27kg em um mês. Tomografia Computadorizada de abdome evidenciou dilatação de vias biliares e tumoração de cabeça de pâncreas ressecáveis. Realizada a abordagem inicial através de CPRE com colocação de prótese transpapilar e imunomodulação perioperatória, seguido de Duodenopancreatectomia. Devido deiscência de anastomose gastroentero, foi realizada reabordagem do sítio operatório e confecção de Jejunostomia. Evoluiu sem fístula pancreática e outras complicações. Conclusão: a Pancreatectomia é o único tratamento com potencial de cura para tumores pancreáticos, porém apenas 20% dos pacientes são candidatos a cirurgia. A detecção precoce e rápida mobilização para serviço de referência possibilitou a adequada avaliação multidisciplinar e preparo do paciente para procedimento cirúrgico. Complicações operatórias desse complexo procedimento são comuns e devem ser identificadas precocemente. O paciente segue com boa evolução e continua em acompanhamento médico com equipe.

Palavras-Chave: Câncer pancreático, Duodenopancreatectomia, Complicações.