Editora Pascal

Síndrome Coronariana Aguda

CAPÍTULO 7

DOI: 10.29327/5417839.1-7

AUTORES:

Gabriel Trindade Avelar

André Versiani Caldeira Rocha

Arthur Hemétrio Andrade Pereira

Julia Hallak Andrade

RESUMO:

A síndrome coronariana aguda (SCA) é uma condição clínica caracterizada por sintomas e testes laboratoriais que indicam isquemia miocárdica aguda. Ela se divide em três subcategorias: Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) sem elevação do segmento ST, IAM com elevação do segmento ST e Angina Instável (AI).

Anteriormente, o infarto agudo do miocárdio com supradesnível do segmento ST era o subtipo mais prevalente porém, com o desenvolvimento tecnológico, a melhoria dos testes diagnósticos e do tratamento, e um entendimento mais profundo sobre a SCA, o padrão de acometimento foi alterado. Na atualidade, os outros dois subtipos de SCA sem supradesnível do segmento ST se destacam no contexto da saúde pública.

O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) com elevação do segmento ST se caracteriza por sintomas indicativos de isquemia miocárdica, e pelo supradesnivelamento do segmento ST em duas ou mais derivações contíguas no eletrocardiograma:

  1. Supradesnivelamento do segmento ST em V2 e V3: ≥ 2,5 mm em homens < 40 anos; ≥ 2 mm em homens ≥ 40 anos; ≥ 1,5 mm em mulheres, independentemente da idade;
  2. Supradesnivelamento do segmento ST ≥ 1 mm nas outras derivações (na ausência de hipertrofia do ventrículo esquerdo ou bloqueio de ramo esquerdo).

Geralmente, a causa principal é a instabilidade da placa aterosclerótica, levando à obstrução completa da luz da artéria, resultando em lesão miocárdica.

A síndrome coronariana sem elevação do segmento ST (Angina instável e Infarto Agudo do Miocárdio sem elevação do segmento ST) é caracterizada pela isquemia miocárdica, manifestada por dor súbita e/ou dispneia com duração mínima de 20 minutos ou de início recente (menos de três meses), ou ainda angina progressiva (piora recente na classificação de gravidade de angina pela Sociedade Cardiovascular Canadense ≥ III). Essa condição é definida pela descompensação entre a oferta e a demanda de fluxo sanguíneo, podendo resultar na detecção de marcadores de necrose miocárdica, como a troponina (indicando infarto), ou evoluir sem evidência de necrose (indicando angina instável). A causa comum é a instabilidade da placa aterosclerótica, que causa obstrução parcial da luz da artéria, sem apresentar supradesnivelamento do segmento ST.

As alterações eletrocardiográficas e a elevação dos níveis de troponina, na triagem e no diagnóstico inicial de pacientes com Síndrome Coronariana Aguda, são de extrema importância, pois ajudam na estratificação de risco dos pacientes e na orientação do tratamento inicial.

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