Acidente Vascular Encefálico
CAPÍTULO 9
DOI: 10.29327/5417839.1-9
AUTORES:
Rafael Salomão de Alvarenga Alves
Geraldo Morais Rezende Neto
Ana Luiza Faria Gonçalves
Dafne Gonçalves Nogueira Tarabal
RESUMO:
O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é uma síndrome neurológica caracterizada por um déficit, frequentemente, de caráter súbito devido a alterações do fluxo de sangue para o encéfalo. Podem ocorrer devido a uma obstrução dos vasos sanguíneos, sendo caracterizados como isquêmicos, ou por extravasamento de sangue do espaço intraluminal, devido a um rompimento da parede dos vasos sanguíneos, sendo caracterizado como hemorrágico.
O AVE isquêmico (AVEi) decorre, geralmente, de uma oclusão aguda de um lúmen arterial de médio ou pequeno calibre, sendo na maioria das vezes de caráter embólico (quando um trombo de origem distante impacta em uma artéria). Os 2 principais tipos de AVE tromboembólicos são: Cardioembólico, quando o êmbolo tem origem devido a problemas cardíacos, e o Ateroembólico, quando o êmbolo é resultado do desprendimento de placas de ateroma. Um tipo menos comum é o AVE criptogênico, que advém de uma embolia paradoxal, sem problemas cardíacos evidentes e com carótidas normais durante a realização de exames complementares.
O déficit neurológico resultante é característico e relacionado a perda dos neurônios funcionais de cada região acometida pela isquemia, e pela eventual necrose, com o paciente, como por exemplo, perdendo capacidades motoras com a morte de neurônios motores ou perdendo a visão, amaurose, devido a morte de neurônios em qualquer segmento das vias ópticas. Um outro tipo de AVE isquêmico é o Ataque Isquêmico Transitório (AIT), que gera um déficit neurológico focal, reversível e transitório, previsto com uma duração máxima de 24 horas.
Os AVE hemorrágicos (AVEh) são classificados em intraparenquimatosos e subaracnóides, também sendo classificados de acordo com o espaço em que ocorrem, podendo ser: extra ou epidurais (entre o crânio e a duramater), subdurais (entre a dura máter e o encéfalo), subaracnóideos (dentro do espaço aracnóide), ou intraparenquimatosos (dentro do parênquima encefálico).