Monkeypox
CAPÍTULO 15
AUTORES:
Leandra Ferreira Souza
Stefanni de Tarcia Lemos de Freitas
Iasmim Amaral Camilo
Jessica Coelho Lemos Carneiro
RESUMO:
Monkeypox (MPXV) é uma doença zoonótica infecciosa que foi isolada em macacos em 1958 na Dinamarca, por meio de procedimentos laboratoriais, e descrita pela primeira vez em humanos em 1970 na República Democrática do Congo (RDC). Estudos comprovam que a vacinação contra a varíola promoveu a erradicação da doença em 1980, até que, em 2017, quarenta anos após a última notificação, foram identificados novos casos na Nigéria. Desde março de 2022, mais de 3.000 infecções pelo vírus foram relatadas em mais de 50 países, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar, em julho de 2022, emergência internacional por ser uma ameaça à saúde da população, tendo, atualmente, mais de 80.000 casos confirmados no mundo. Com o objetivo de entender o ressurgimento da doença, estudos ainda estão sendo realizados, mas há indícios de fatores ambientais e genéticos que possam explicar o reaparecimento do vírus.
A doença tem como principal forma de transmissão o contato direto entre pessoas através de lesões na pele, fluidos corporais, fômites contaminados e gotículas respiratórias, com o contato sexual facilitando a propagação. Além disso, ocorre a transmissão vertical, de mãe para feto através da placenta, denominada varíola congênita. Por fim, a transmissão animal-humano pode acontecer por meio de mordidas ou arranhões de animais contaminados e preparação de carnes de caça. Dessa forma, é de extrema importância que medidas preventivas, baseadas nas formas de transmissão, sejam tomadas com intuito de evitar o contágio.
A manifestação clínica ocorre, principalmente, por lesões vesicopustulosas, febre, mal estar, cefaleia, mialgia e letargia. É importante ressaltar que as lesões de pele podem ser confundidas com outras patologias, como Varicela Zoster (VZV), sendo o diagnóstico definido por meio de exames laboratoriais para uma adequada conduta terapêutica.
Em casos de infecção, é preciso identificar o grau de desenvolvimento da doença, já que existem diferentes formas de tratamento. Em casos leves e moderados, o cuidado inclui o uso de sintomáticos, controle hidroeletrolítico e higienização das lesões, já em casos graves, há a utilização de antivirais de forma compassiva, já que não há comprovação científica de 100% de eficácia, mas apresenta algum grau de resposta em combate ao vírus MPXV.