RESUMO:

O extrativismo do bacuri faz parte do elenco de “produtos invisíveis” que são extraídos da floresta amazônica e apresenta enorme potencial produtivo, podendo ser consumido de diversas formas, apresenta valor econômico agregado e se constitui em uma fonte de renda para populações tradicionais. Para tanto, foram realizadas entrevistas com os pequenos produtores familiares e extrativistas do município de Santa Rita, MA, com o objetivo de analisar a forma de extração do produto, aspectos sociais, manejo do agroecossistema, formas de comercialização e impactos na renda. O levantamento foi baseado na aplicação de entrevistas com 20 produtores-extrativistas com uso de formulário semiestruturado tendo questões abertas e fechadas. As famílias extrativistas informam que a extração do fruto gera uma renda significativa para subsistência da comunidade, a técnica de armazenamento do fruto garante na forma de polpa garante a venda até a safra seguinte, mas necessitam de mais informações acerca do fruto e técnicas de manejo mais sustentáveis. A atividade extrativista é realizada a baixos custos, visto que é praticada apenas a roçagem em época de colheita.  Diante do exposto, pode-se afirmar que o bacuri é uma fonte de renda extra para os extrativistas com a venda do fruto in natura, mas somente em uma época do ano, no período de colheita. A produção de polpa é uma alternativa viável, no entanto, ainda é um gargalo para muitos produtores que não possuem congeladores. Ainda existem lacunas sobre técnicas de manejo nos bacuraizais e áreas de brotações e sobre conservação da espécie pelos extrativistas.

Palavras-chave: Platonia insignis Mart., Agricultura familiar, Agroextrativismo de floresta, Renda.