RESUMO:

A odontologia vivenciou uma revolução com a descoberta do processo de osseointegração por Per-Ingvar Bränemark, que viabilizou os implantes dentários como uma opção eficaz para a reabilitação de dentes perdidos. O tempo de vida dos implantes dentários osseointegrados pode ser dividido em duas fases distintas: a fase de cicatrização e funcional. Durante ambas as fases, podem ocorrer insucessos, sendo a fase de cicatrização considerada como falha precoce, quando não há osseointegração, e a fase funcional considerada como falha tardia. Dentre as principais causas de falha tardia dos implantes dentários, destacam-se as sobrecargas oclusais, hábitos parafuncionais, escolha inadequada de implantes e histórico de doenças periodontais do paciente. O objetivo deste estudo é conduzir uma revisão bibliográfica para investigar a resistência à fratura dos conjuntos implante-pilar em implantes sujeitos a forças mastigatórias. O presente trabalho de revisão da literatura utilizou uma abordagem abrangente, analisando artigos, relatos de casos clínicos e fontes da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), que engloba as plataformas Lilacs, Pubmed e Scielo, além do Google Acadêmico. O estudo pode concluir que, é evidente que a fratura de implantes dentários é uma complicação significativa em implantodontia, potencialmente comprometendo o sucesso dos tratamentos. A análise dos estudos revelou que essa complicação pode ser influenciada por vários fatores, incluindo sobrecarga estrutural, assentamento inadequado das estruturas e hábitos parafuncionais do paciente. A compreensão da biomecânica implantar e o planejamento adequado dos implantes e próteses desempenham um papel fundamental na prevenção dessas complicações. Estratégias como o planejamento reverso e o reforço interior de metal foram sugeridas como formas de evitar problemas relacionados à fratura de implantes. No entanto, há uma necessidade contínua de pesquisa na área para aprimorar técnicas e materiais, visando reduzir ainda mais a incidência de complicações. Além disso, a educação do paciente sobre higiene bucal adequada e controle de hábitos parafuncionais são aspectos cruciais para minimizar o risco de fraturas e outros insucessos em implantodontia. Esta revisão destaca a importância da abordagem integrada, considerando aspectos biomecânicos, comportamentais e biológicos, para prevenir e manejar eficazmente a fratura de implantes dentários e garantir resultados satisfatórios a longo prazo para os pacientes submetidos a tratamentos de reabilitação oral com implantes.

Palavras-Chave: Implante Dentário. Fraturas de Implantes Dentários. Sobrecarga Oclusal. Complicações Pós-operatórias.