RESUMO:

Neste trabalho, abordo a importância do fazer artístico na Educação Infantil, compreendendo a criança como um sujeito ativo, criativo e sensível, que constrói conhecimento a partir de experiências lúdicas e expressivas. Ao observar e ouvir as crianças em contexto pedagógico, percebi como elas atribuem significados próprios à Arte, revelando uma compreensão espontânea, porém profunda, sobre criação, invenção e transformação. A reflexão teórica é sustentada por autores como Ferraz e Fusari, Fritzen e Moreira, e Barbosa, os quais ressaltam a relevância da Arte como linguagem e prática cultural essencial à formação do sujeito. Além disso, o RCNEI orienta o trabalho com Arte em três eixos fundamentais: o fazer artístico, a apreciação e a reflexão – elementos que promovem a expressão, a sensibilidade e a construção de sentidos. O artigo também evidencia o papel do professor como mediador sensível e atento ao processo de aprendizagem, respeitando as especificidades de cada faixa etária e criando espaços que estimulem a imaginação, a leitura de mundo e a autonomia infantil. Com base nas diretrizes da LDB e nas transformações recentes nas políticas públicas, defendo que a Arte, integrada ao currículo desde a infância, contribui de forma decisiva para o desenvolvimento integral da criança. Assim, a proposta deste estudo é reforçar a necessidade de práticas pedagógicas que valorizem a cultura, a linguagem visual e a liberdade expressiva, reconhecendo a Arte como direito, como forma de conhecimento e como potência formadora.

Palavras-chave: Arte. Cultura. Educação Infantil. Fazer artístico.