RESUMO:

A hanseníase é uma doença endêmica negligenciada pelas autoridades, pois exige dos poderes públicos constante e efetiva presença em ações específicas para o combate à doença, evitando, assim, o seu abandono. O Brasil tem a maior prevalência de casos de hanseníase nas Américas e ocupa o segundo lugar em casos no mundo, atrás da Índia e à frente da Indonésia. Esta pesquisa objetiva dimensionar e traçar um perfil epidemiológico de pacientes que abandonaram o tratamento da hanseníase.

Trata-se de um estudo com desenho analítico e transversal realizado no Centro de Referência de Combate à Hanseníase, no Hospital Aquiles Lisboa, em São Luís. Os instrumentos e procedimentos de coleta de dados incluíram prontuários nas Unidades Básicas de Saúde para obtenção de dados de identificação, endereço do paciente, tipo de diagnóstico recebido e a situação do tratamento em relação à irregularidade deste. Foram coletados dados socioeconômicos, demográficos e clínicos dos pacientes, como idade, sexo, raça/cor, estado civil, escolaridade, ocupação atual, renda familiar, classificação operacional e reação hansênica, por meio de fichas clínicas.

Os resultados denotam taxas elevadas de abandono no cenário nacional, aumentando os riscos e a prevalência da hanseníase. Este cenário destaca a necessidade de ações mais efetivas e constantes por parte das autoridades de saúde para combater e controlar a doença.

Palavras-chave: Epidemiologia, Abandono, Tratamento.