Editora Pascal

Transtornos de Ansiedade e Pânico

CAPÍTULO 10

DOI: 10.29327/5417839.1-10

AUTORES:

Taison Pereira Mendes

Raymisson Lucas Ferreira Alencar

Emanuel Vicente Santos Brandão Borges

Renan Giffoni Rodrigues

RESUMO:

A ansiedade é uma manifestação normal de um estado afetivo comum a todos os indivíduos. Nesse sentido, é através dela que as pessoas sobrevivem a determinadas situações ameaçadoras da vida, possibilitando, por exemplo, o aumento da atenção nesses cenários de perigo, fato este que confirma a sua participação na reação evolutiva de “luta ou fuga” para sobrevivência. No entanto, se experimentada de forma exacerbada, a ansiedade passa a ser patológica, gerando assim sofrimento e prejuízo funcional.

A ansiedade patológica é definida como um sentimento de medo e antecipação associado a estados de preocupação, comportamentos de esquiva e sintomas somáticos de tensão. Essa doença está associada a diversos fatores, tais como traumas psicológicos, uso abusivo de álcool e drogas ilícitas, doenças físicas e fatores genéticos. Além disso, observa-se também como gerador da ansiedade patológica, o imediatismo do mundo moderno, o qual tem como princípio a agilidade para a realização de objetivos, que se não realizados imediatamente, geram sentimentos de incapacidade e perpetuam os sintomas ansiosos.

Nos períodos da antiguidade clássica, os estados afetivos não eram bem diferenciados. Desse modo, os estados ansiosos eram vistos como características próprias dos seres, relacionando-os primordialmente a vícios e defeitos. Pesquisas apontam que a partir do século XIX a ansiedade passou a ser considerada uma patologia. Porém, apenas em 1952 foi incluída no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), sendo denominada reação de ansiedade.

Atualmente, são incluídos nos transtornos de ansiedade aqueles transtornos que possuem como características principais os sentimentos de medo e ansiedade excessivos. Esses transtornos são: Ansiedade de separação, Fobia específica, Fobia social, Agorafobia, Ansiedade generalizada e Pânico. Nesse contexto, cada transtorno apresentará sobreposição de sintomas com outros transtornos, além de serem comórbidos com outras condições de saúde. Dentre esses, o transtorno de ansiedade generalizada (TAG) e o transtorno de pânico são os mais prevalentes em todo o mundo.

O transtorno de ansiedade generalizada (TAG) é uma doença crônica caracterizada por pensamentos incontroláveis de preocupação excessiva. Ele pode se manifestar desde a adolescência até o idoso, sendo que quando se inicia na adolescência, pode-se permanecer ao longo de toda a vida. Outros sintomas também podem estar presentes, como, por exemplo, nervosismo, diarréia e sudorese. Além de que, para estabelecer o seu diagnóstico estes sintomas devem estar presentes na maior parte do tempo durante um período mínimo de seis meses.

O transtorno de pânico é caracterizado por ataques de pânicos recorrentes, os quais são reconhecidos por serem um episódio súbito de intensa apreensão, somado a outros sintomas, tais como falta de ar, palpitações e medo iminente de morte. Esse episódio costuma atingir um pico máximo em alguns minutos e não dura mais do que trinta minutos. O ataque pode ocorrer a qualquer momento do dia, diversas vezes ou esporadicamente, o que gera no indivíduo a preocupação com essas recorrências e a adoção de comportamentos para evitá-los, a especificar, o isolamento social. Além disso, essa evitação pode contribuir para a diminuição da qualidade de vida, já que essas pessoas podem isolar-se da sociedade e fazer com que a busca para o tratamento seja tardia.

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