RESUMO:
A infecção por Streptococcus pyogenes é comum na idade escolar, onde há um contato maior entre as crianças, o que favorece para que ocorram infecções orofaríngeas e de pele. Sendo, uma das principais complicações a glomerulonefrite pós-estreptocócica aguda (GNPE), que pode levar principalmente a uma insuficiência renal aguda quando não diagnosticada e tratada a tempo. O presente trabalho trata-se de uma revisão bibliográfica com utilização de artigos extraídos das bases de dados Scientific Eletronic Library
Online (SCIELO), google acadêmico e PUBMED. Resultados: A GNPE, que também pode ser chamada de glomerulonefrite difusa aguda (GNPA), é uma glomerulopatia secundaria que acomete principalmente crianças de 5 a 12 anos e em sua maioria do sexo masculino. Os sintomas podem se manifestar 6 semanas após infecção pela cepa nefritogênica de estreptococos beta-hemolíticos do grupo A, tendo como consequência queda da taxa de filtração glomerular, presença de edema, hipertensão, oligúria e em alguns casos síndrome nefrítica. Dentre as alterações laboratoriais mais comuns encontra-se hematúria
macroscópica, cilindros leucocitários e aumento na creatinina. O tratamento visa controlar os sintomas e evitar complicações como insuficiência renal aguda, encefalopatia hipertensiva e insuficiência cardíaca congestiva. Estima-se que 95% das crianças acometidas pela GNPE, que possuem diagnóstico precoce, conseguem restabelecer níveis normais da taxa de filtração glomerular. Conclusão: Levando em consideração que as infecções por estreptococos são mais prevalentes em populações economicamente vulneráveis, políticas públicas que envolvam uma maior atenção à saúde das crianças são necessárias. Assim, associar estratégias profiláticas com o diagnóstico precoce, uma vez que a GNPE pode ser comum nas emergências pediátricas.

Palavras-chave: glomerulonefrite pós-estreptocócica, glomerulopatia da infância,
infecção por estreptococos.