RESUMO:
As mudanças comportamentais e fisiológicas da gestação associada à falta de higiene bucal contribuem para susceptibilidade ao desenvolvimento de doenças e alterações bucais. Objetiva-se avaliar os hábitos de higiene bucal de gestantes atendidas em serviços de saúde da rede pública e privada. Trata-se de um estudo transversal, analítico e de abordagem quantitativa realizado com gestantes atendidas na rede pública e privada de saúde de São Luís – Maranhão. Utilizou-se um questionário estruturado dividido em 06 blocos, sendo utilizado os dados socioeconômico, obstétrico e higiene bucal. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética (3.140.511). A amostra foi composta por 100 gestantes, sendo 70% do setor público. Ao analisar os hábitos de higiene bucal, relataram escovar os dentes 3 vezes ao dia (72%), usam o fio dental (81%), não usam enxaguante bucal (57%) e não usam palito de “dente” (60%). Comparando as gestantes do setor público e privado, nota-se que as do setor público relataram com maior frequência ter estado de saúde péssimo e regular do que as do setor privado. Em relação aos hábitos de higiene, as gestantes do setor público usam menos o fio dental (94,7%) e não utilizam o enxaguante bucal (80,7%). A utilização de palitos nos dentes foi maior no setor público (87,5%) em relação ao privado (12,5%). Portanto, comparando a saúde bucal das gestantes dos setores privado e público, as do setor público apresentam uma higiene bucal prejudicada. É necessário enfatizar a importância do pré-natal odontológico e de higiene bucal nesta fase, principalmente no setor público.

Palavras-chave: Odontologia. Higiene bucal. Gravidez.