RESUMO:

Desde a caracterização da Síndrome da Angústia Respiratória Aguda Grave 2 (SARS-COV-2) como pandemia mundial, os idosos se tornaram centro de discussão e cuidado devido a vulnerabilidade às doenças infectocontagiosas e crônicas. Assim, tornou-se necessário estar ciente das mais diferentes implicações desta doença. Objetivo: Deste modo, iniciou-se a pesquisa, utilizando como instrumentos de coleta um questionário, o Miniexame do Estado Mental (MEEM) e a Geriatric Depression Scale (GDS), com o objetivo de identificar os agravos no estado mental e na capacidade cognitiva de idosos que foram diagnosticados com covid-19 em São Luís – MA, correlacionando com suas condições sociodemográficas. Resultados: foram entrevistadas 25 pessoas em processo de envelhecimento, sendo do sexo masculino e feminino. Os resultados obtidos partir do MEEM, mostraram 60% dos idosos com algum declínio na linguagem e que possuíam menos de 8 anos de escolaridade; 40% dos participantes apresentaram alterações de memória (imediata ou tardia); e, 44% dos indivíduos apresentaram déficit na orientação espacial. A GSD demonstrou que a covid-19 teve um impacto significativo na saúde mental, pois constatou-se que a maioria dos participantes apresentava resultados normais, embora houvesse casos de depressão leve e severa, especialmente entre as mulheres, de acordo com o quadro psicológico. Conclusão: a contaminação por covid-19 pode estar relacionada a alterações na linguagem, memória e orientação, mas o processo de senilidade em alguns deles, corroboram substancialmente para os desarranjos encontrados. Sendo assim, é possível prestar uma melhor assistência, visando minimizar prejuízos a estes indivíduos Profissionais de saúde, familiares e as pessoas idosas precisam ser estimulados através de processos educativos em saúde, sobre os correlatos achados neste estudo.

Palavras-chave: Covid-19, linguagem, orientação, memória, estado mental.