RESUMO:

As mudanças climáticas (MC) são consideradas emergências do século XXI, impulsionadas por atividades antropogênicas que resultam em eventos climáticos extremos, como o aumento da temperatura global, impactando significativamente a saúde humana e ambiental. Nesse sentido, os patógenos fúngicos, devido à sua alta adaptabilidade, são de particular preocupação, a capacidade adaptativa dos fungos é otimizada pelas MC, aumentando sua resistência e fatores de virulência, incluindo a termotolerância. Dessa forma, este trabalho realiza uma revisão da literatura existente sobre os efeitos das MC nos agentes patogênicos fúngicos, de estudos coletados nas bases de dados PubMed, Scielo e Science Direct, sob os descritores “mudanças climáticas”, “aquecimento global” e “patógenos fúngicos”, selecionados estudos publicados entre 2020 e 2025, disponíveis em português e inglês, com o objetivo de interpretar e elucidar as implicações dessas alterações climáticas na dinâmica e a virulência desses patógenos. As MC alteram a distribuição geográfica e a prevalência de fungos patogênicos, favorecendo o surgimento de novas espécies e expandindo o alcance de patógenos existentes. Um exemplar patógeno emergente é Candida auris, conhecido por sua resistência a múltiplos fármacos e altas taxas de mortalidade. O impacto dessas mudanças na saúde global é urgente e requer esforços globais para mitigar seus efeitos. Além disso, a lista de patógenos fúngicos prioritários da OMS destaca a necessidade de priorizar pesquisas e intervenções políticas para combater infecções fúngicas e a resistência antifúngica, essas estratégias de mitigação contribuem para redução de emissões de gases de efeito estufa, aprimorando sistemas de vigilância e o desenvolvimento de novas medidas terapêuticas e preventivas.

Palavras-chave: Patógenos, Clima, Impacto, Resistência, Termotolerância.