PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE NO NORDESTE DO BRASIL

CAPÍTULO 11
AUTORES:
Ingrid Thaís Nogueira dos Santos
Laura Luísa Oliveira Lopes
Ana Thalia Sousa Carvalho
Alice Maely Almeida Lima
Jhenify Beckhan Silva Moreira
Ana Giulia de Moura Silva Fonseca
João Guilherme Silva Nantes
Weldson Ricardo Silva Gomes
Gessiane dos Santos de Souza
Camila Guerra Martinez
RESUMO:
A hanseníase é uma doença infecciosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae, que atinge principalmente a pele e os nervos periféricos. Se não tratada precocemente, pode resultar em deformidades e incapacidades permanentes, impactando a qualidade de vida dos indivíduos afetados. Este estudo teve como objetivo analisar os dados epidemiológicos da hanseníase no Nordeste do Brasil entre 2020 e 2024, publicados na plataforma DATSUS do governo federal, considerando variáveis sociodemográficas e clínicas para compreender a transmissão e os grupos mais vulneráveis. Os resultados apontam que a hanseníase permanece como um desafio significativo para a saúde pública, com a região Nordeste registrando 54.717 novos casos no período analisado, correspondendo a 41,5% das notificações nacionais. Esse número supera as regiões Centro-Oeste e Norte, destacando a elevada carga da doença no Nordeste. Nessa região, Maranhão, Pernambuco e Bahia são os estados com maior número de casos. Nesta região, os indivíduos são mais acometidos pela forma paucibilar, sendo a maioria homens, em idade adulta. Diante desse cenário, torna-se essencial fortalecer as políticas de controle da hanseníase, com foco na ampliação da atenção primária, capacitação de profissionais de saúde, intensificação da busca ativa de casos e reforço das campanhas de conscientização. Medidas integradas são fundamentais para reduzir a transmissão da doença, minimizar impactos socioeconômicos e garantir um diagnóstico precoce, contribuindo para a eliminação da hanseníase como problema de saúde pública.
Palavras-chave: Mycobacterium leprae, Saúde pública, Infecções.