RESUMO:

Lesões vasculares nas extremidades decorrentes de trauma penetrante ou contuso manifestam-se em aproximadamente 5% dos casos de projéteis de arma de fogo. Desta forma, lesões da artéria e veia poplítea são raras, mesmo em centros de trauma movimentados. Este trabalho tem objetiva relatar um caso de lesão de artéria e veia poplíteas no membro inferior direito, com pulsos distais ausentes. Paciente referiu história de lesão no membro inferior direito por arma de fogo há 3 horas, acordado, orientado, eupneico, hemodinamicamente estável, respiração e saturação normais em ar ambiente. Foi realizada hidratação, radiografia da coxa direita, e assim diagnóstico da lesão. Mantido em hidratação venosa e encaminhado ao Centro Cirúrgico. Após exame laboratorial, prescreveu-se 2 bolsas de concentrado de hemácias gota a gota. Como achado cirúrgico tem-se lesão em artéria poplítea supra e secção da veia poplítea. Realizou-se BY- PASS Poplíteo-Poplíteo direito com segmento de veia safena interna invertida após prévia dilatação e preparo da veia. Pós-operatório imediato com paciente sem queixas, estável; pulso pedioso presente, panturrilha livre, sem déficit sensitivo ou motor; ausência de sangramento ativo. No terceiro dia de pós-operatório, o paciente encontrava-se afebril, deambulando com auxílio, normocorado, estável, sem sangramento ativo em cicatriz, com pulsos poplíteo e pedioso em membro inferior direito (4+/4+). Ao exame de DOPPLER verificou-se fluxo bifásico em artérias poplítea e pediosa, sem sinais de trombose venosa profunda, sem sinais de síndrome compartimental, sem déficit neurológico sensitivo-motor. Alta hospitalar com orientações para retorno ambulatorial.

Palavras-chave: Lesão, Artéria safena magna, By-pass poplíteo.