RESUMO:

O Baby Blues é considerado um período prodrômico de alterações de humor que acomete a mulher entre o 2º e 10º dia após o parto. Essa condição não está diretamente atrelada a laços culturais, uma vez que é observada nas mais variadas raças e condições sociais. Em virtude do impacto negativo do Baby Blues ao puerpério e do alto índice de depressão pós-parto (DPP), é importante garantir uma abordagem adequada do puerpério na atenção primária e, por conseguinte, garantir melhor condição de saúde ao recém-nascido e à mãe durante esse período. Este estudo teve como objetivo avaliar puérperas quanto aos sintomas de Baby Blues e estimar o risco de desenvolvimento de depressão. Trata-se de um estudo quantitativo, com delineamento transversal. A população do estudo foi composta por mulheres que vivenciaram o período puerperal, com até oito semanas do pós-parto. Foram entrevistadas 33 puérperas. Os dados foram coletados por meio de dois questionários, um contendo informações socioeconômicas e o outro sendo a Escala de Depressão pós-parto de Edimburgo (EPDS). Na avaliação do possível quadro de depressão, foi observado que 42,42% das mulheres entrevistas tem probabilidade de desenvolver depressão pós-parto. Dos quadros com gravidade, o estudo observou a associação da depressão pós-parto com à quantidade de gestações pregressas, renda familiar e condições de moradia. Com base neste estudo, foi possível concluir que existe alta probabilidade de uma mulher evoluir com depressão pós-parto, embora a maioria da população do estudo não tenha o risco, a diferença foi muito pequena em relação a prevalência para aquelas que apresentaram o risco de desenvolver.

Palavras-chave: Puerpério, Depressão Pós-Parto, Saúde Mental.