RESUMO:

Uma importante consequência do envelhecimento é o aumento do número de idosos com dependência funcional e propensão a quedas. Esse estudo teve por objetivo analisar a correlação entre o nível de autonomia funcional de idosos e quedas. Metodologia: estudo observacional, descritivo e transversal, realizado em um centro de convivência para idosos. Amostra não probabilística constituída por 28 indivíduos de 65 anos ou mais. Adotou-se na coleta de dados um questionário elaborado pelos pesquisadores explorando aspectos sociodemográficos e clínicos, além do histórico e características de quedas no último ano. A autonomia funcional foi avaliada pelo Protocolo GDLAM, além do risco de cair pelo Time Up and Go e medo de cair pela escala FES-I. Na análise da correlação foi utilizado o teste de correlação de Pearson e em todas as análises foi considerado significativo p ≤0,05. Resultados: Amostra constituída por 85,71% de mulheres, 46,42% na idade 65 a 70 anos, com 28,57% da amostra tendo caído no último ano, não houve correlação entre queda e nível de autonomia funcional, entretanto, esta foi positiva fraca entre idade e o medo de cair, sem apresentar significância estatística. Detectou-se também correlação positiva moderada entre idade e nível de autonomia funcional e idade e risco de cair e positiva moderada entre o medo e risco de cair. Conclusão: A autonomia funcional, apesar de não apresentar relação direta com as quedas interfere diretamente no medo e risco de cair de idosos, devendo ser considerada no sentido de manter a independência da população idosa.

Palavras-chave: Quedas; Idosos; Autonomia Funcional.