Editora Pascal

EXPLORANDO OS IMPACTOS PSICOSSOCIAIS DA HANSENÍASE: UMA ANÁLISE DO BEM-ESTAR MENTAL DOS ACOMETIDOS PELA DOENÇA

CAPÍTULO 17

DOI: 10.29327/5552966.1-17

AUTORES:

Rayane dos Santos Moraes

Sarah Cristina Reis Machado

Jéssica Mayara Mendes Araújo

Wellyson Firmo Araújo

Márcio Anderson Souza Nunes

Priscila Soares Sabbadini

RESUMO:

A hanseníase, cujo agente etiológico é a bactéria Mycobacterium leprae, é uma doença infecciosa crônica que afeta pele e nervos. Transmitida por contato prolongado, quando não tratada, pode causar manchas, sintomas neurológicos e incapacidades físicas. Além dos impactos físicos, o estigma social e a exclusão são desafios significativos. No Brasil, a hanseníase é uma preocupação de saúde pública, especialmente no Maranhão. Por esta razão, este estudo buscou analisar os impactos psicossociais da hanseníase no Maranhão, visando melhorar a compreensão de seu efeito na saúde mental dos afetados, dada a significativa carga de estigma por eles enfrentada. Este estudo bibliográfico, descritivo e qualitativo incluiu artigos publicados entre 2014 e 2024 nas bases de dados PubMed Central e Google Acadêmico. Foram utilizados como descritores: “Hanseníase”, “Maranhão”, “Depressão”, “Ansiedade” e “Psicossocial”. No ano de 2022, foram registrados mais de 2 mil casos de hanseníase no Maranhão. A análise de dados revelou uma proporção significativa de pacientes com sintomas depressivos, influenciados por condições clínicas, limitações físicas e percepção negativa da autoimagem. Verificou-se que, em alguns municípios do Maranhão, pacientes portadores da doença sofrem rejeição social, levando à solidão e depressão. Na cidade de Colinas, no Maranhão, mais da metade dos pacientes são homens sem o ensino fundamental completo. O estigma em torno da hanseníase persiste no Maranhão, levando os pacientes a ocultarem sua condição por medo de discriminação e exclusão social. Essas condições de saúde aumentam o risco de sintomas depressivos devido ao estresse relacionado à doença e à discriminação persistente. Diante desse cenário, muitos profissionais de saúde não estão preparados para lidar com situações de exclusão social, portanto, uma abordagem multidisciplinar é crucial para oferecer cuidado abrangente, com inclusão de psiquiatras e psicólogos na equipe para identificar e tratar precocemente esses transtornos, destacando a importância do suporte psicológico para pacientes com hanseníase. Dessa forma, será possível combater a marginalização dos hansenianos, promovendo a inclusão social e o apoio psicológico para melhorar o bem-estar dos pacientes.

Palavras-chave: Hanseníase. Depressão. Exclusão social. Ansiedade

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