RESUMO:

A Organização Mundial da Saúde (OMS, 2020) declarou estado de pandemia pelo novo coronavírus, devido à rápida disseminação geográfica e aos níveis alarmantes de contaminação, que, dentro de poucos meses, tomaram proporções continentais. Objetiva avaliar os agravos clínicos residuais da COVID-19 em pacientes da atenção básica; caracterizar as variáveis socioeconômicas, demográficas e clínicas da amostra em estudo; avaliar a sintomatologia persistente no paciente IgG positivo/IgM negativo para COVID-19; determinar os fatores de risco associados ao desenvolvimento da COVID longa. Este estudo apresenta uma abordagem analítico-observacional do tipo transversal. Os dados foram coletados na cidade de São Luís – MA, na Unidade Básica de Saúde localizada no bairro da Liberdade, no período de outubro de 2022 a julho de 2023. A análise estatística foi executada no software STATA 15.0. Na estatística descritiva, as variáveis qualitativas categóricas incluíram cálculo de frequências absolutas e relativas (percentuais). O presente estudo demonstrou que há sobreposição da infecção em pessoas pardas em detrimento das demais etnias, como brancos e negros. É razoável admitir que, das infecções registradas em contexto geral, eram pacientes hígidos, sem comorbidades. A maioria da população que refere sintomas pós-COVID não fez teste confirmatório durante a infecção aguda devido ao acesso inadequado e à promoção ineficiente. Alterações de memória e de peso foram os sintomas mais relatados, seguidos de cansaço, tosse, palpitação, disgeusia, anosmia, artralgia, cefaleia, alterações do sono e outras alterações sistêmicas.

Palavras-chave: Covid, Pandemia, Sintomas Persistentes.