RESUMO:

A hidrossalpinge é a forma mais grave da doença tubária, causando dilatação da trompa por obstrução distal. O tratamento envolve a salpingectomia, que, assim como a hidrossalpinge, reduz a fertilidade. Além disso, a ooforectomia, que consiste em remoção dos ovários, também compromete a reprodução, uma vez que afeta a produção de óvulos e hormônios essenciais para a fertilização. Essas condições exigem alternativas de tratamento, como a fertilização in vitro, para alcançar a gestação. Este trabalho tem como finalidade apresentar o relato do caso de uma mulher com salpingectomia e ooforectomia contralaterais que conseguiu engravidar de forma natural. Mulher de 32 anos, GI P0 A0, sem queixas. Em consultas pré-natais com assiduidade e cumprindo as orientações do obstetra com disciplina. Sinais vitais normais. Ganho ponderal normal. Exames complementares hematológicos normais. Realizadas 4 ultrassonografias e nenhuma delas demonstrou qualquer anormalidade materno-fetal. Em bom estado geral, gravidez normal. Tem antecedentes de 2 cirurgias pélvicas, sendo a primeira de salpingectomia devido a hidrossalpinge. E a segunda, ooforectomia esquerda, por teratoma de ovário esquerdo. A paciente engravidou naturalmente, sem nenhum tratamento adicional. Teve parto cesariana com 39 semanas e 3 dias, devido a desproporção céfalo-pélvica. Feto em boas condições de vitalidade, sem alterações e evolução materno-fetal nas primeiras 48 horas, satisfatória e normal. A salpingectomia e a ooforectomia são procedimentos radicais que comprometem a função reprodutiva, frequentemente indicados em doenças como hidrossalpinge e teratoma ovariano. A remoção das trompas e ovários torna a concepção natural rara.

Palavras-chaves: Ooforectomia, Salpingectomia, Gravidez.