RESUMO:

Desde sua introdução no Brasil, no início dos anos 2000, o movimento Outubro Rosa vem ganhando espaço na sociedade e é hoje uma das campanhas mais conhecidas da área da saúde. Pacientes, serviços de saúde, empresas e organizações da sociedade civil vêm se empenhando na causa do câncer de mama e protagonizando ações de mobilização social sobre a doença (Assis et al., 2020).

Uma vez que, o câncer de mama é o que mais acomete as mulheres em todo o mundo e também no Brasil, depois do câncer de pele não melanoma segundo dados do Instituto Nacional do Câncer.

A neoplasia maligna da mama, é resultado da multiplicação desordenada de células da mama que podem invadir outros tecidos. Alguns tumores podem ter estadiamento mais rápido que outros. No entanto, a maioria dos casos tem bom prognóstico. Os tumores podem ser detectados em diferentes fases, sendo in situ os localizados em apenas um local, e infiltrantes quando invadem outros órgãos ou atingem linfonodos (INCA, 2020).

“O álcool é reconhecido como cancerígeno para os humanos pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer da Organização Mundial da Saúde. Há evidências de associação entre consumo de bebidas alcoólicas e aumento do risco dos tumores de cavidade oral, faringe, laringe, esôfago, fígado, colorretal e mama feminina” (Wunsch, 2013). “A ingestão de bebida alcoólica representa um fator de risco persuasivo para o câncer de mama, tanto em mulheres na pré-menopausa quanto na pós-menopausa. A ingestão exacerbada de bebida alcoólica (≥ 13,8g/dia) elevou o risco de câncer de mama, quando se comparou com mulheres que nunca fizeram uso de bebida alcoólica” (Inumaru, 2011).

Os principais sinais e sintomas do câncer de mama são nódulos geralmente indolores, fixos e bordas irregulares no qual é a principal manifestação da doença, estando presente na maioria dos casos quando a própria mulher percebe o câncer, alterações da pele que recobre a mama, ficando avermelhada e aspecto parecido com casca de laranja.

Para tanto é fundamental que as mulheres façam o autoexame de suas mamas sempre que se sentirem confortáveis para isso, tendo em vista que os sinais e sintomas devem ser investigados por um médico para que seja avaliado o risco de câncer e facilitar no diagnóstico precoce (Asif et al., 2014).

A prevenção é a principal arma para interferirmos no processo da carcinogênese e redução do aparecimento do tumor. O objetivo da prevenção primária é evitar a exposição aos fatores de risco de câncer e aderir a um estilo de vida mais saudável, como não fumar, praticar atividade física, se alimentar de maneira saudável, manter um peso adequado ao longo da vida, evitar o consumo de bebidas alcóolicas, amamentar, evitar a ingestão de hormônios falsos (anticoncepcionais e tratamentos de reposição hormonal) e evitar exposição a agentes físicos, químicos e biológicos relacionados ao trabalho. Enquanto o objetivo da prevenção secundária é detectar e tratar doenças que causam câncer, como por exemplo o HPV ou neoplasias assintomáticas (Jerônimo et al., 2017; Rodrigues et al., 2015).

Embora seja um tema difícil de tratar, falar abertamente sobre o câncer pode ajudar a esclarecer mitos e verdades e, com isso, aumentar o conhecimento e diminuir o temor associado à doença. Frente essa realidade o projeto de extensão teve como objetivo sensibilizar mulheres dependentes químicas em reabilitação sobre a incidência do câncer de mama.