RESUMO:
A gestação provoca uma série de alterações no organismo da mulher, inclusive na cavidade bucal. Estima-se que, em média de 60 a 70% das gestantes apresentam manifestações bucais. Objetiva-se avaliar a realização do pré-natal odontológico e as principais alterações bucais de gestantes de São Luís, Maranhão. Trata-se de um estudo transversal, com abordagem quantitativa realizado com gestantes atendidas na rede pública e privada de saúde de São Luís, Maranhão. O instrumento de coleta de dados foi um questionário estruturado dividido em 06 blocos, em que foi utilizado para este estudo o bloco de perfil socioeconômico e obstétrico e de alterações bucais. A amostra foi composta por 100 gestantes, em que 41% estavam inclusas na faixa etária de 24 a 32 anos de idade, sendo relatado que a maioria apresentava ensino médio completo (49%). Apenas 20% realizaram consulta no pré-natal odontológico, onde 30% relataram ter ido por necessidade de restaurações e 20% por raspagem. Durante a consulta, 85% das gestantes não foram diagnosticadas com alterações bucais. A maioria das gestantes relatou ter alguma alteração bucal (85%), destacando-se o sangramento gengival (38%), dor de dente (32%) e aumento da salivação (30%). Portanto, as gestantes avaliadas tiveram baixa adesão ao pré-natal odontológico, sendo a restauração e raspagem os principais motivos para a consulta. As alterações bucais foram comumente relatadas pelas gestantes, principalmente o sangramento gengival e dor de dente. É importante demonstrar à necessidade do pré-natal odontológico, visando minimizar danos a saúde bucal e geral da gestante e do bebê.

Palavras-chave: Odontologia. Manifestações bucais. Gravidez.