RESUMO:
A infecção pelo vírus Zika emergiu como uma ameaça global à saúde pública, desencadeando surtos epidêmicos em regiões tropicais e subtropicais, com destaque para o Brasil devido às complicações neurológicas graves associadas, como a Síndrome Congênita do Zika e a Síndrome de Guillain-Barré. Este estudo investigou a sazonalidade da infecção pelo Zika nas capitais brasileiras, utilizando dados epidemiológicos de 2016 a agosto de 2023. Os resultados revelaram que no período analisado, as capitais mais afetadas foram Rio de Janeiro, Goiânia, Palmas, Manaus, Fortaleza, Cuiabá, Brasília, São Luís e Maceió, com maior incidência em 2016 e uma sazonalidade durante os meses chuvosos. O perfil sociodemográfico dos casos indicou uma predominância de adultos jovens do sexo feminino, com ensino médio, raça parda, não gestantes e diagnóstico clínico-laboratorial. Essas descobertas destacam a importância de estratégias de prevenção direcionadas a grupos específicos, a consideração de fatores socioeconômicos e raciais, bem como o impacto nos sistemas de saúde. Além disso, enfatizam a necessidade contínua de pesquisa e desenvolvimento de vacinas e tratamentos. Os resultados deste estudo fornecem informações cruciais para orientar políticas públicas visando a redução da incidência da Zika e a proteção da saúde da população.
Palavras chaves: Zika; sazonalidade; Brasil