RESUMO:

O bacuri (Platonia insignis Mart.), típico da Amazônia Oriental, especialmente no Pará e Maranhão, possui grande potencial de aproveitamento, desde a polpa até as cascas e sementes, sendo uma alternativa promissora para geração de energia limpa. Este estudo avalia o potencial da biomassa do bacuri como fonte sustentável de energia. Foram realizadas análises da blend (endocarpo e epicarpo), incluindo análises imediata e elementar, microscopia eletrônica de varredura (MEV), espectroscopia de energia dispersiva (EDS), poderes caloríficos (superior, inferior e útil), densidades aparente e energética, além de termogravimetria (TG/DTG) e calorimetria exploratória diferencial (DSC). A análise imediata indicou teores de umidade (4,25%), matéria volátil (90,17%), carbono fixo (4,18%) e cinzas (1,38%). A análise elementar revelou 67,12% de carbono, 10,96% de hidrogênio e 20,18% de oxigênio. Embora o MEV não tenha mostrado grandes diferenças entre epicarpo e endocarpo, o EDS evidenciou a predominância de carbono (76,4%) e oxigênio (17,1%), indicando alto potencial energético. Os valores de PCS, PCI e PCU foram de 27,37; 25,29; e 23,12 MJ kg⁻¹, respectivamente. As densidades aparente (503,80 kg m⁻³) e energética (11,64 GJ m⁻³) reforçaram a adequação da biomassa para processos termoquímicos. A análise térmica indicou etapas de decomposição entre 120 e 800 °C, sugerindo um promissor potencial bioenergético para geração de energia renovável.

Palavras-chave: Biomassa do bacuri, potencial energético, fontes renováveis.