RESUMO:

A poluição sonora em ambientes hospitalares, especialmente em Centros Cirúrgicos, é uma preocupação crescente devido aos seus efeitos negativos sobre a saúde dos profissionais e o bem-estar dos pacientes. Este artigo de revisão aborda as fontes e os impactos do ruído em Centros Cirúrgicos, além de avaliar intervenções eficazes para sua redução. A metodologia adotada baseou-se em uma análise de literatura recente, utilizando bases de dados científicas como PubMed e Web of Science, para identificar estudos relevantes sobre níveis de ruído, efeitos fisiológicos e psicológicos e práticas de controle acústico. Os resultados destacam que os níveis de ruído em Centros Cirúrgicos frequentemente ultrapassam os limites recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que estipula um máximo de 35 dB para ambientes hospitalares, enquanto estudos apontam níveis de até 90 dB em procedimentos específicos. Esses índices de ruído comprometem a comunicação entre a equipe cirúrgica, aumentam o estresse ocupacional e impactam a recuperação dos pacientes, especialmente em maternidades, onde o ambiente calmo é essencial. Alguns trabalhos enfatizam a necessidade de intervenções estruturais e comportamentais, como o uso de materiais de absorção sonora e a implementação de protocolos de comunicação para reduzir o ruído. Conclui-se que a redução do ruído em Centros Cirúrgicos é essencial para a promoção de um ambiente seguro e de alta qualidade em hospitais. São recomendadas futuras pesquisas que considerem as particularidades de maternidades em países em desenvolvimento, com o objetivo de adaptar as intervenções às condições locais e melhorar o bem-estar dos profissionais e pacientes nesses contextos.

Palavras-chave: Centro Cirúrgico. Qualidade Sonora. Maternidade Hospitalar.