RESUMO:

A exposição à natureza tem se mostrado uma abordagem promissora para apoiar o desenvolvimento cognitivo, emocional e comportamental de crianças com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Esta revisão narrativa visa sintetizar as evidências científicas sobre os impactos positivos da interação com ambientes naturais para essa população, destacando os mecanismos sensoriais e sociais envolvidos, além de explorar desafios e limitações na implementação prática dessas intervenções. A análise aponta que a natureza pode contribuir significativamente para a autorregulação emocional, redução do estresse e melhoria das habilidades sociais e comportamentais em crianças com TEA. No entanto, barreiras como o acesso limitado a espaços verdes e a falta de padronização das intervenções dificultam sua aplicação em larga escala. A necessidade de estudos longitudinais e controlados é enfatizada para validar e ampliar as práticas baseadas na natureza, promovendo uma abordagem integrada e inclusiva no tratamento de crianças com TEA.

Palavras-chave: Transtorno do Espectro do Autismo; Intervenções baseadas na natureza; Regulação emocional; Desenvolvimento infantil; Espaços verdes.